Território pequeno, tarefa grande: percurso no hospital universitário com Burkhard Oldörp

No campus há muito que fazer.

É verdade que muitas coisas aqui no campus são transportadas de A para B com um sistema moderníssimo. Este é composto por unidades de transporte sem condutor predominantemente controladas por WLAN que transportam contentores de forma subterrânea e depois as entregam através de elevadores nos respetivos destinos. Mesmo assim, Burkhard e os seus colegas motoristas – em Lübeck existe um total de três Atego 818 – têm muito que fazer. Com quase 16.000 empregados, o UKSH é o segundo maior hospital universitário da Alemanha, a seguir ao Charité em Berlim. Em 2021, aqui foram tratadas exatamente 440.824 pessoas, cerca de metade em Lübeck e a outra metade na segunda unidade em Kiel. Também aí são utilizados Atego – um total de cinco, por parte também para entregas entre as duas unidades. Isto resulta num impressionante número total anual de transportes de material: cerca de 31.000.

Burkhard faz há mais de 25 anos parte desta logística que funciona às mil maravilhas. E, no entanto, vem de uma profissão muito diferente. «Sou carpinteiro de profissão e depois andei três anos embarcado.» A certa altura decidiu fazer uma reciclagem para «rei da estrada». «No curso de carta de condução especializei-me em camiões-cisterna e encontrei logo emprego», conta o motorista natural de Lübeck. Mas rapidamente ficou com a impressão de que nesta área não se trata tanto da liberdade ao volante, mas sobretudo de normas de segurança. «Claro que são importantes. Mas não me dava prazer.»

Dar uma mão em qualquer tarefa.

Por isso, a oferta de emprego no hospital universitário veio mesmo a calhar. «Não trouxe apenas a minha carta de pesados», diz Burkhard, «mas também a experiência dos meus empregos anteriores.» Enquanto carpinteiro já tinha aprendido a trabalhar quer chova, quer faça sol, mesmo quando dói. «Por isso, não há nenhum problema em fazer trabalhos que têm de ser feitos.» Nem que seja nos viveiros do hospital ou no serviço de inverno. Desde o seu tempo de marinheiro que sabe bem o que é trabalhar em equipa, algo imprescindível no campus.

É raro Burkhard acrescentar mais de 20 quilómetros por turno ao conta-quilómetros e depois do trabalho gosta de descontrair a pescar. Apesar disso, o seu tipo de logística urbana é muito exigente para o material. «Aqui estamos num constante para-arranca, o que não é bom para o veículo.» Mas isso ainda não causou qualquer tipo de problemas no Atego. «Tem um acabamento excelente e é fiável.» De modo a que a plataforma de carga traseira não se estrague com o permanente abrir e fechar, a carroçaria de caixa tem uma porta adicional do lado direito. Isto permite a Burkhard carregar e descarregar objetos, como caixas e medicamentos, de forma suave e rápida.

Rapidez, mas sem stressar!

A maior parte das viagens seguem planos fixos. Mesmo assim, Burkhard foge com frequência ao estipulado. Há sempre uma enfermaria que necessita de algo inesperado. Nestes casos, tem de ser rápido, sem stressar. Pois o campus não é menos complicado que o trânsito urbano normal. «Aqui, muitos peões não contam com os veículos e atravessam a rua sem olhar.» Como é que se mantém a calma? «Tenho de ter presente que, nas instalações do hospital, o fator de perturbação não são os peões, mas antes os nossos veículos – quer a tarefa seja importante ou não.»

E há muitos veículos a caminho. Basta um pequeno passeio para nos cruzarmos com camiões de fornecedores, veículos de visitantes e autocarros públicos. Já para não falar em ciclistas – e ambulâncias. «É claro que têm prioridade quando se aproximam a alta velocidade com as luzes azuis.» As ruas do campus são boas, mas apertadas em alguns locais. «É preciso conduzir com prudência», diz Burkhard – e elogia, ao mesmo tempo, a boa manobrabilidade e a boa visão do seu Atego. «Isso facilita-me muito o trabalho.» Isto é: boa disposição no seu pequeno território!

Fotografia e vídeo: Sebastian Vollmert